quarta-feira, 16 de junho de 2010

O outro lado visto por este

Comprou mais cigarros. Resolveu desobedece-la de vez.
Porém passou a esperar o 14, ela dizia que não demorava tanto assim.
Sei lá, pra ele era sorte que ela tinha mesmo.
ouviu o som do 14 passando, e até deitou mais no canto da cama esperando ela chegar e deitar ao seu lado.
Não fez a barba, porque sabe que no fundo ela gosta, até pegou dois pratos pra comer o bolo de abacaxi de sua mãe.
em vão, mas engraçado.
mudou seu caminho, mas em todo cantos haviam tartarugas no meio das ruas. Mudou seus hábitos e o que costumava comer em domingos a noite.
Jogou fora alguns cds, só restou oasis no seu mp3, que ela deu. coisas que ele não pode mais ouvir.
Nem sua ausência queria ouvir.
Às vezes ele coloca as suas roupas que ela costumava usar.
Outro dia levou outra em casa,
e pediu para ela apertar 26 no controle, pra fazer de conta que ela estava lá, errando o número do canal de novo.
ai chorou. e mandou a outra embora.
Ela bem que podia ter levado a ausência.
Comprou um Wisky barato, bem vagabundo. Pra amanhã acordar com uma dor de cabeça infernal, pra talvez parar de pensar na falta que ela faz.
escondeu o celular, o telefone, e qualquer meio de comunicação possível.
pra não correr o risco de ligar bêbado e fazer como fazia antes.

Isso tudo tirando a coleção de tampinhas, o brinco, os papeis, o quadro... tem um bilhete atrás do quadro.

O problema não é aprender a viver sem ela, isso é quase fácil.
O problema é aprender a viver com a dor da sua ausência.

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