terça-feira, 18 de outubro de 2011

"Eu sigo as estrelas
Sigo naves espaciais
Mais um gole de cerveja
Os carros param nos sinais
E pra mim tanto faz

Andando pelas casas

Gatos rolam pelo chão
Os ratos saem do bueiro
Carro doido contra mão
E pra mim tanto faz

Não sei o que é verdade
Conheci tanta mentira
As naves vão passando
E eu perdido aqui na esquina
E pra mim tanto faz

Olha lá seu moço
Lá no disco voador
Eu já cansei desse planeta
Eu já cansei de ser ator
E pra mim tanto faz

E a cidade
Tão distante
Não sei nem se vou voltar
E na cidade
Tanta gente
Os sonhos morrem devagar
E na cidade
Tanta gente
Os sonhos morrem ao por do sol"

Fistt

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Abre a porta e deixa entrar o vento e o cheiro que a chuva entregou.

Com os olhos fincados em uma das paredes
Tomou um gole de café gelado, e saiu deixando seus 20 e poucos anos cuspidos no chão
Saiu do ar condicionado e foi pra fora respirar mormaço
Caminhou no meio fio
Sentou na pedra em frente ao mar
Esperando que a onda viesse e engolisse tudo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

É que eu já estou cheia desse vazio.

sábado, 8 de outubro de 2011

Coração
Você só me apronta
Mas eu não tiro sua razão.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Era (mais) um domingo cinza, o céu escurecia aos poucos e logo nem se poderia notar as nuvens escuras que derramaram água durante todo o dia. Abrira a janela e não demorou pro vento tirar a cortina para dançar. Foi quando ela parou para escutar atenciosamente o som dos carros, dos latidos, todas as sonoridades abafadas. A valsa que vinha lá de fora se encaixava minuciosamente no que acontecia lá dentro, os dois se entrelaçavam virando um, a pele branca dele levemente marcada, barba e cabelos compridos como ela gosta, ar de sono e o conhecido cheiro de doce que carregava em sua pele. Ela, por sua vez, ainda mais branca, fechava os olhos claros, mel levemente esverdeado nessa estação do ano.
-Que foi?
-Nada não.
-Fala...
-É que sabe, quando era mais nova e minha mãe demorava pra chegar, eu dormia no quarto da minha avó, bem perto da rua. O seu quarto faz o mesmo som que aquele quarto fazia.
E então ela começou com aquela história de dez anos atrás.

domingo, 2 de outubro de 2011

‘’Quem falou de primavera sem ter visto seu sorriso
Falou sem saber o que era.’’

CM

É um risco. Mas eu pulo, se você me der a mão.