sábado, 31 de dezembro de 2011

Sentados próximo à avenida você vem dizendo que eu não sei nada sobre você, com ar de quem sabe tudo sobre a vida. Do que você entende¿ Mesa de bar, cerveja, cigarro e guitarra¿ Querido, com 16 eu já fudia psicólogos. Madrugada, rock, rua e cocaína¿ Sobreviver sem tóxicos querido, não é pra amadores. Estressada, desesperada, sociopata, falida e indecisa. Encontrar equilíbrio no fundo de uma personalidade dessas não é pra fracos. Dormir, estudar, tocar e fugir. Nunca virei as costas pros meus problemas, à não ser ao dentista. Prazer, Camila odontofobica, não se preocupe eu vou às vezes à força, mas vou. Com 6 anos você fugiu de casa¿ Com 6 anos meus dentes de leite não caiam e uma louca, homicida de primeiro grau arrancava-os da minha boca com a anestesia que quase não pegava por conta do nervoso. Querido, encarar os problemas de frente não é pra fracos. Acho que eu não tenho mais nenhuma fobia... Ainda bem né¿ Até um tempo atrás eu tinha medo de cachoeira, pensava que no fundo era um buraco sem fim que me levaria pra um lugar repleto de cobras, mas me explicaram a porra toda dos lençóis freáticos e tal. Desculpe, voltando ao assunto inicial... Como é mesmo¿ O filho, o pai, e o espírito santo¿ Coragem mesmo é usar uma etiquetinha especial para ateus. Sobreviver com um rótulo é bem mais irritante do que você imagina. E ainda me perguntam o porque do café gelado.

No mercado da rua de cima comprando vodka barata e algo para encher o estômago, enquanto as conversas de paz, sonhos, promessas, pedidos e realizações me cercavam os ouvidos eu só pediria que tudo continue caminhando como está sem que eu fracasse e acabe fudendo a porra toda. Apenas que as coisas continuem seguindo seu curso natural sem que eu tenha alguma idéia estúpida e acabe metendo os pés pelas mãos.

-Que tipo de pessoa você é?

-Do tipo que se joga no cesto preto escrito ''não reciclável''.

A propósito, feliz ano novo.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A bengala encostada na cadeira que não balança e os óculos esquecidos à anos sobre o criado mudo do outro cômodo. Seus olhos grandes acinzentados nessa época da vida fitavam o rádio novo, robusto, substituindo o antigo toca fitas que repetia... ‘’Aaaah vida amarguraaada... ’’

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Toda noite, antes de dormir algo acorda aqui dentro
Grito em torno de eu mesma, então.


O céu tem permanecido cinza e a chuva tem se convidado sempre ao chá das cinco
Inunda a casa de vazio como um ritual de fim
os guarda-chuvas pretos se abrem
como uma dança
O décimo andar torna-se camarote para o velório musical
As gotas caem em abundância
Sobre o ombro dos guarda-chuvas
Escorrem as gostas uma à uma
Sobre a doce França.

Só mais um texto ruim, vomitado.

Pés esticados para alcançar a guia evitando se afogar na poça d’água imunda no espaço entre o ônibus e a calçada. Anda e se perde entre as várias opções de faróis ali no centro. Perdoa-se, disseram-lhe que até o vento às vezes erra a direção. Passa em frente aos bares que você costuma ficar e observa suas migalhas jogadas no chão, mais um gole de conhaque. Tua esmola que não vale a moeda que é. Tua esmola é centavo largado no balcão que alguém coroou rei. Praça. Banco. Crianças nos brinquedos de madeira descascada. Alternando as pernas chega o troglodita mais idiota que conhece carregando o sorriso mais doce que já se viu por essas ruas. Os olhos molhados, vívidos, ávidos, lhe acham, lhe engolem. As mãos fortes, grandes, se aproximam e arrepiam todos os pelos do corpo. Aqueles tênis brancos sujos de barro e você no lado oposto sempre um degrau abaixo nivelando a altura. Gostaria de saber o que carrega ai dentro. Quando ficar muito pesado coloque-o em minhas costas.


sábado, 10 de dezembro de 2011

-Eu sempre estou com algo que ele me deu...
-Na verdade eu acho que você sempre está com o amor... que ele te deu.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

-Um dia eu te convenço à se casar comigo.
-Um dia eu te convenço que sou um péssimo partido.

domingo, 6 de novembro de 2011

O fim da temporada de caças.

Nós os demos asas, eles voaram pra onde não deviam.
Hora de abater.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

"Eu sigo as estrelas
Sigo naves espaciais
Mais um gole de cerveja
Os carros param nos sinais
E pra mim tanto faz

Andando pelas casas

Gatos rolam pelo chão
Os ratos saem do bueiro
Carro doido contra mão
E pra mim tanto faz

Não sei o que é verdade
Conheci tanta mentira
As naves vão passando
E eu perdido aqui na esquina
E pra mim tanto faz

Olha lá seu moço
Lá no disco voador
Eu já cansei desse planeta
Eu já cansei de ser ator
E pra mim tanto faz

E a cidade
Tão distante
Não sei nem se vou voltar
E na cidade
Tanta gente
Os sonhos morrem devagar
E na cidade
Tanta gente
Os sonhos morrem ao por do sol"

Fistt

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Abre a porta e deixa entrar o vento e o cheiro que a chuva entregou.

Com os olhos fincados em uma das paredes
Tomou um gole de café gelado, e saiu deixando seus 20 e poucos anos cuspidos no chão
Saiu do ar condicionado e foi pra fora respirar mormaço
Caminhou no meio fio
Sentou na pedra em frente ao mar
Esperando que a onda viesse e engolisse tudo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

É que eu já estou cheia desse vazio.

sábado, 8 de outubro de 2011

Coração
Você só me apronta
Mas eu não tiro sua razão.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Era (mais) um domingo cinza, o céu escurecia aos poucos e logo nem se poderia notar as nuvens escuras que derramaram água durante todo o dia. Abrira a janela e não demorou pro vento tirar a cortina para dançar. Foi quando ela parou para escutar atenciosamente o som dos carros, dos latidos, todas as sonoridades abafadas. A valsa que vinha lá de fora se encaixava minuciosamente no que acontecia lá dentro, os dois se entrelaçavam virando um, a pele branca dele levemente marcada, barba e cabelos compridos como ela gosta, ar de sono e o conhecido cheiro de doce que carregava em sua pele. Ela, por sua vez, ainda mais branca, fechava os olhos claros, mel levemente esverdeado nessa estação do ano.
-Que foi?
-Nada não.
-Fala...
-É que sabe, quando era mais nova e minha mãe demorava pra chegar, eu dormia no quarto da minha avó, bem perto da rua. O seu quarto faz o mesmo som que aquele quarto fazia.
E então ela começou com aquela história de dez anos atrás.

domingo, 2 de outubro de 2011

‘’Quem falou de primavera sem ter visto seu sorriso
Falou sem saber o que era.’’

CM

É um risco. Mas eu pulo, se você me der a mão.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Quem faz sentido é soldado.

Nós estávamos tão perto de tudo
Mas nunca chegamos realmente em lugar algum.


Eu falhei.

E o que ocorreu foi que

Quando você me sorriu a primeira vez

Eu estava desarmada.

Pode deixar que a maré vem,
Mas não demora pra baixar.
E leva daqui tudo que não é minha praia.

domingo, 25 de setembro de 2011

Mal sabia que para vulnerá-la, bastava sorrir.

O que separa minha poesia da tua música são apenas 15 longos quilômetros, e ainda assim há algo que me liga a você sem compreensão humana.

sábado, 24 de setembro de 2011

Baunilha. Seu gosto é de baunilha, e isso implica num fato interessante, pois, hora ou outra pego-me sentindo seu cheiro doce em mim, o que é engraçado pois sequer eu estive perto de você. Gosto tanto do seu sotaque que de repente eu já tomei tua voz como melhor melodia, e cada parte do seu corpo que completa o meu. Sussurrando então eu confesso a condição de te ter só pra mim, pra percorrermos juntos nessa highway, eu, você e seu gosto excepcional de baunilha.

Atravessava a rua
sempre com pressa
nunca com motivos
sorriu
não para alguém
nem para o nada
mas para a vida
que por sua vez
presenteou-a com chuva.
Chuva miúda... Garoa, né?
O fato é que nossa coleção de tentativas faliu, eu apaguei as luzes e fui embora só com o troco.

Deixa que essa noite eu fico aqui

Ao som desse silêncio

E ao gosto doce de você

Brick by Brick

Por motivos que desconheço sempre gostei de escrever sobre coisas sem vida. Sobre o que existe, nu e cru. Sobre a rua, a calçada, as poças de água. Nada démodé. Costumo escrever sobre sentimentos camuflando as palavras. Não vou escrever sobre O Amor porque tenho pena dele. Ou vai ver é o amor que sente pena de mim.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Eu acho que poderia pegar sempre o mesmo trem, olhar sempre a mesma paisagem, ser recebida pelos mesmos braços abertos e o mesmo sorriso. Acho também que está tão cedo para estar escrevendo sobre você quanto para dormir. Mas sei que não estou disposta a desperdiçar minutos sequer.
Penso que no fundo eu sei que posso passar horas te ouvindo tocar e cantar, horas e mais horas te olhando encostado naquele mesmo guarda-roupas com um pé no chão e o outro apoiado. Horas.
Ouso dizer que depois de qualquer momento ruim eu me deitaria naquela mesma cama, onde, segundo 'reza a lenda, dá para ver o céu e toda aquela história de estrelas para contar'.
E com dor no coração eu pediria para você ver as horas e diria que preciso ir. Veria aquele mesmo olhar, aquela mesma expressão, o mesmo pedido para ficar.
Então eu seguraria a mesma mão e sentiria aquele mesmo abraço, me emocionaria com aquele mesma cena da mesma pessoa me puxando de volta para mais um abraço. Outro beijo.
Acho que você não gosta quando eu preciso ir. Acho que eu gosto menos ainda.
Enfim, eu penso que posso acordar e dormir com uma coisa só na cabeça.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

I said i’d never let you go.

No momento eu só gostaria de ter em mãos as palavras certas para começar isso aqui, e talvez esse texto devesse se chamar diário, ou segredos, ou, enfim. Sabe, nós conversamos e eu vim o caminho todo pensando em tudo isso, não somente no que você me contou mas no rumo que esse sentimento tem levado. E como você mesmo diria: ‘’As coisas tendem a ser mais complexas do que esperamos’’ e tem feito co que eu pensasse de outra forma nos meus sentimentos, na forma com que os sinto. Descobrir o que é sentir algo muito forte sem ter idéia do que seja, aquele lance que eu disse do que se encontra entre o amor e a amizade. Só sei que esse mesmo sentimento tem me dado forças, para acordar, para levantar, para deitar. Uma força que... Me fez até, Dias atrás em uma briga, num momento de desespero sabe¿ Quando o chão parece se partir no meio, bem em frente a outra pessoa dizer: espera, preciso pensar. Colocar uma música (aí vem a coisa da pergunta que te fiz agora) sentar abraçando os joelhos e pensar tão forte em tudo que alguém (no caso você, claro) já me disse. Enfim, de alguma forma você me da forças. Me da alegria. ‘’Me faz pensar só em sorrir’’ (como eu já comentei em um post do tumblr que, por acaso, também é pra você). E não sentir atrações físicas, ficar feliz em saber que você esta feliz, sentir vontade de te abraçar, de chorar no seu ombro, eu descobri apenas que quero a sua amizade, o seu carinho. De uma forma que eu acho que não senti antes. Talvez esse sentimento seja tão diferente de uma amizade normal porque eu sei que se eu permitisse cresceria em mim algo muito forte por você, isso não me preocupa, porque ‘’isso’’ não se manifesta, não pede pra crescer, apenas existe. Bom, eu vou fazer o que estiver ao meu alcance para te ver sorrir e não te perder nunca. Nada é pra sempre, nada. Mas enquanto eu puder te manter por perto. O mais perto possível, eu farei.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Eu nunca entendi por que as pessoas deixam de fazer algo por medo.
Acho que porque meus medos NUNCA foram maiores que meus desejos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sobre o medo.

Você me deixa em pedaços e em pedaços permaneço. Eu estava lá quando você foi despedaçado, quando seu coração tornou-se incompleto, agora que um pedaço se foi. De alguma forma eu só gostaria de encontrar um pouco de força para seguir e para provar pra você que não está sozinho. Eu estou aqui, com o poder de te deixar bem, conquistado. Vou me levantar porque sabemos que este não é o fim. Isso não tem fim. Não queria que você se sentisse assim, com medo. Não é assim que as coisas foram planejadas para acontecer.
E então por você, eu seguirei minha vida, eu conquistarei o mundo, para poder dar tudo isso a você. Porque nós temos lutado contra demônios todos os dias e eles têm nos rendido. Mas na sua fraqueza você aprenderá a descobrir que eu sempre serei sua força. Eu prometi nunca te deixar cair, e se isso acontecer eu estenderei minhas mãos. Na vida ou na morte, na alegria ou na tristeza, e por todas as coisas secretas que fizemos, fazemos e faremos. Não importa o que venha, nada pode te manter afastado do meu amor.



Sobre eu, você e aqueles tapetes.

Você fica ai vendo as animações que fizemos, eu fico relendo mensagens antigas, e até aquele livro seu que peguei da ultima vez me trás lembranças do seu quarto. Você sente saudade de me ver chegando... Eu morro de vontade de aparecer. Sem rancor e sem conversa, embaixo da nossa casinha de cobertor tudo fica bem. A gente sabe e sabe no que dá. É lindo ver a forma com que você sobe as escadas, e os tapetes do prédio não tem graça se estão em seus devidos lugares. Você virando a chave devagar pra evitar barulho. Pede, insiste que eu conte até dez, eu acabo tendo que fazê-lo, irritada e com pressa e ainda assim consegue me arrancar um sorriso. Eu vou dormir com aquela imagem de vê-lo pedindo que eu o abrace, e passe os dedos por suas costas, agradecendo em silêncio a qualquer forma de força maior, por ver mais um sorriso seu. Cada noite me convenço que é isso que eu quero. Ele também. E por isso vai dar certo. Nosso apartamento bagunçado do nosso jeito, né, lá no centro, eu, você, ai eu falo que pode encerrar meus pedidos que vou ter tudo que eu quero.

Entre tantas coisas, peço-lhe: Deixe os tapetes no lugar, até eu voltar.

Verdade, bonito mesmo o sorriso de quem passou hora chorando.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

-Eu tenho auto-controle.
-É, assim como um viciado em crack.
Eu podia deixar pra lá e não passar em lugares onde a probabilidade de te encontrar ‘’sem querer’’ são enormes, eu poderia evitar, mas prefiro ficar louco. Até parece que esse sentimento perde a chance de ver teus olhos de criança sem dono. E você ainda pergunta porque eu não falo te olhando nos olhos, como se não soubesse. A gente sabe no que dá. Trocando os passos, arrumando alguma forma safada para entrelaçar os braços, juntos ali, mais um jeito novo de andar no velho caminho, dividindo o banco, a timidez, o espanto, a vontade, como a vontade de crianças, sem rumo.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Como se sabe, as palavras são reflexos do que sou.
Logo, esse blog toma outros rumos.
Como eu.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O que me desanima é te ver sem forças para lutar.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Por vezes me sinto escrever pras paredes.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

"Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade."

MB

“Você sabe que todos esses textos, bons ou ruins, são pra você. As vezes sobre mim, o que dá no mesmo.”

O ideal é gostar de passarinhos
de ver folhas caindo de árvores

Sentir o vento, o sol, o frio, a chuva
Ideal gostar de chuva.
E de estrelas. E das nuvens mesmo quando às cobrem.
E eu te cubro. Porque é ideal te olhar dormir.
Inventar coisas e criar teorias.
Pois só assim... Se está exposto às fraquezas.
Aos medos, e frios na barriga.
Aberto à todo esse amor.

sábado, 18 de junho de 2011

O mesmo fogo que queima por dentro te levanta mais forte.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Não sei também aonde isso tudo vai te levar. Só sei que te leva.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O que me confunde não são suas frases feitas
não é essa indigestão verbal.
O brilho que seus olhos lançaram sobre mim é que me confunde
da cabeça aos pés.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Se o seu telefone não tocar
sou eu.
Olhei meu reflexo nos teus olhos e foi você quem eu vi.
Hoje eu sei como é estar desse lado.

sábado, 4 de junho de 2011

Lá vem a vida, de peito cheio, cheio de ironia pro meu lado. De que adianta falar que é o destino? Ta, se fosse fácil não ia ter graça. Mas porra, esse mundo podia me dar um descanso, é só dor de cabeça, escolha a fazer. E claro, nunca depende só de mim. E mesmo assim no final eu sinto que a culpa foi minha.
O chão está se abrindo de novo e eu só sinto pena por mim, de não ter tanta coragem quando preciso agora. E paciência. Claro. Dó ser desprovida de paciência sabe?
Eu acho mesmo é que o destino curte tirar uma com a minha cara. E que eu sou a pessoa mais estúpida do mundo, faço tudo na hora errada. To revoltada mesmo.
E esse frio aqui, o vento gelado batendo no rosto soa como tapas na cara.
Eu penso, penso, penso. Em círculos.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O meu medo...

não é só por mim.

domingo, 29 de maio de 2011

Queria saber quem me levantaria se eu cair
queria ver como iam segurar a barra sem mim
porque a força que eu tenho eu ganhaei na raça
e tudo que eu aprendi
eu aprendi na rua.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Eu o quero assim mesmo
Embriagado, alucinado, intoxicado
Descabelado, desafinado
Redundante, previsível, amador
Desleixado, vagabundo, incoerente
Irresponsável, impreciso, extremista, falho.
E ainda assim... Eu quero.

“Estou de volta ao meu inferno pessoal (...) onde tudo teve fim, ao ponto zero onde começo sem você e você sem mim.”

Um ano se passou, mas é como se fosse ontem. Em primeiro lugar, aprendi a frio, à custa de muita lágrima e insonia. Interpretei papeis, precisei de outras pessoas, outros lugares e bebidas mais fortes. Só pra não descer toda aquela angústia a seco. Só podia voltar a ser eu quando deitava entre as minhas trincheiras de travesseiro e cobertor. Mas nunca sem o celular do lado, na esperança de ouvi-lo tocar. Com a voz doce dizendo que está tudo bem, doce e afiada, como uma faca, pronta pra atacar mais uma vez. Depois de um tempo cansei de esperar, quebrei o celular. Meus olhos mais mel do que verdes nessa estação do ano, procuravam pontos calmos para fitar e descansar e sempre acabavam no encontro sem fim dos teus olhos castanhos. E lá estávamos nós, deixando de ser um para serem dois conjuntos de carne e ossos. Um abraço. Sei lá eu quantas lágrimas. E aquele olhar filho duma puta anunciando um fim. Um ano. Aqueles dias agora estão distantes como eu estou distante da fraqueza agora.

Sorte ou Combinação

Eu estava sentado, esperando, desejando
Que você acreditasse em superstições
Então, talvez você visse os sinais.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

"Cedo ou tarde você vai entender, a diferença entre saber o caminho e percorrer o caminho."
"Tudo que eu deixei pra trás,
as cartas em cima da mesa...
São contas vencidas."

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Venho cá me preparando, para descrever mais um inverno em prosas.

Falo das lembranças quando digo que você entra sorrindo por esta porta e da condição infeliz de saber que não mais.
Falo das lembranças, ainda, quando te vejo sentado na mesinha do quintal no jornal de meses atrás.
Falo das lembranças, ainda, quando espero você sentar ao meu lado, deitada, com o coração esgotado e de peito aberto.
Brutus...

Até tu à me apunhalar?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Você não sabe... Mas ultimamente eu tenho sido sujeita à alterações.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

"Quando não cabe no corpo, é quando a alma transborda
É mais que lúcido ou louco, e que os limites da forma."

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Eu ouvi sobre seu arrependimento
ouvi sobre você sentir muito
Eu ouvi que você quer acertar as coisas entre nós
então me beije com força
e todos os prémios de ''grandes decepções'' vão pra você.

sábado, 23 de abril de 2011

Esse post foge muito do meu jeito de escrever nesse blog, mas to precisando dizer algumas coisas, sabe? E quem sabe sirva de lição pra mais algum idiota. Vou começar falando da falta que algumas pessoas me fazem, e de como me sinto um lixo quando vejo que deixo elas irem embora e nem saio do lugar para impedir que isso aconteça. Sabe o que dói mais ainda? Quando essas pessoas voltam, e voltam sem qualquer tipo de ressentimento, fazendo você se sentir mais podre ainda. Aí você pede desculpas com os olhos cheio de lágrimas e ouve um tudo bem, eu senti sua falta. Só pra piorar a situação e se sentir mais cretino. Promete pra si mesmo que nunca mais vai deixar essas pessoas irem. Alguns minutos depois tudo é como antes, e você sente falta de cada risada, cada ida até a padaria, cada música, cada abraço, cada filme... Objeto, palavra, ou coisa que o valha. Você tenta encontrar uma desculpa até para si mesmo, mas não encontra. No fundo você sabe que não existe desculpas. Só um jeito estranho e um tanto frio bem no fundo, de alguém completamente sensível. Perceber que cada briga foi pro seu bem, que cada brincadeira sem graça foi pra te ver feliz, e não pode voltar no tempo. Mesmo sabendo que pode recuperar tudo agora, que nunca é tarde demais... Mas ainda restam tantas pessoas. Sempre vai ser esse mesmo sentimento, de algo que você deixou escapar entre os dedos. Resta a vontade de um abraço.

O que é de verdade não some, sempre volta.

"I know i can be colorful
I know i can be grey
And i know this loser's living fortunate
And i know you will love me either way."

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Quero outra vez um quarto todo branco e um par de asas. Mesmo de papelão.


C.F.A

segunda-feira, 18 de abril de 2011

''-Prefiro passar a vida ao lado de pássaros à desperdiça-la desejando ter asas... Mas você é diferente, você tem asas.''

domingo, 17 de abril de 2011

Naquele momento (que por meses pensara não voltar) fitou as árvores (assim como fitou o guarda-roupas daquela última vez). Não sabia se sua cabeça ou o mundo rodava. Na verdade, não sabia se era o chão que vinha em sua direção ou se ia em direção a ele. Mas a única certeza que eu tinha confirmou-se após os cinco segundos de queda livre. A certeza de mil lembranças, mil palavras, e um sentimento. Que qualquer dia desses há de virar causa mortis.

Agora posso ver que mesmo na luz, não há como fugir da escuridão dos teus olhos castanhos.

Dentro daquele carro, olhando pela janela, pensava, se auto advertindo:

"Tantas formas para se morrer, você teve que escolher logo o amor?"

Com que força você carrega o peso da consciência?

Fraude.

Olhou no espelho, questionou-se como se não se reconhecesse. Por que vc insiste em arrumas as mesmas brigas¿ em cometer os mesmos erros¿ então por um instante lembrou-se de si, é bom lembrar que a culpa não é minha... Não foi eu quem desencadeou todas essas tempestades em copos, xícaras, baldes... No instante seguinte confundiu-se, a contradição cercou-a de tal forma que...

Ah, eu sou uma fraude...

Olhou-se por mais uns minutos tentando entender o porque daquilo tudo, agora já nem sabia pq parou pra pensar. Deixar que as coisas aconteçam sempre deu menos trabalho.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tão García Marques, feito um personagem...

"Solitário entre a multidão do cais, dissera a si mesmo com um toque de raiva: ‘O coração tem mais quartos que uma pensão de putas.' Estava banhado em lágrimas com a dor dos adeuses. Contudo, mal desaparecera o navio na linha do horizonte e a lembrança de Fermina Daza tinha voltado a ocupar seu espaço total.”


Gabriel García Marquez - O amor nos tempos do cólera

quinta-feira, 31 de março de 2011

E virou um vício, ser feliz no outro dia... Quando tu apareceu...

quarta-feira, 30 de março de 2011

Em uma mão coisas a fazer e a outra procurando amigos.
Andando em meio a tiroteios.
Agora aquele quarto cinza é tão pequeno.
E naquele estado interior ao sono onde não se está nem acordado nem dormindo, do seu lado minha alma dorme desarmada. E rende-se. Mas o que me resta se o sol é uma armadilha nos teus olhos?
Uma chuva de amor

para afugentar a dor

desse povo sofredor.

sábado, 19 de março de 2011

Uma gota pode parecer nada, mas para um copo cheio é muita coisa.

Transborda.

Tanto pra lembrar. Nada pra dizer.

Estamos andando em círculos.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Você tirou meu coração. Desde então fica difícil dizer a dor que sinto no mesmo, se ele não está aqui.
Mas eu nunca disse, meu amor, que era de graça.
Ele queimou tudo que tinha. Sem fogo.

sábado, 12 de março de 2011

Aí chega sábado a noite, trazendo consigo a exaustão da semana massante, trabalho, casa, faculdade, amigos e o peso de mil problemas mal resolvidos. Ônibus, banco, senta, olha pra cima, respira fundo, fecha os olhos, só faz questão de um pensamento. O alívio de pensar que o outro dia é domingo. Trazendo um toque de beleza à esse estado medíocre. Eles vão deitar abraçados, reclamar do chefe, da mãe, do ônibus lotado, rir, chorar. E nada, nada, vai importar, porque eles estarão ali, onde nada alcança. E são essas horas, esse momento de silêncio e desabafo que trarão força pra aguentar o resto da próxima semana inteira.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Deixa que esse verão eu faço sol. Deixa que esse verão eu faço só.

Deixa que nesse carnaval a fantasia de nós se perdeu. Mas outras fantasias entre nós se farão.

Escreverei por você.

Escreverei por você e pelos dias em que esteve cego, por todos os meus sorrisos que você perdeu, e os olhos claros confiantes que deixou escapar. Por ouvir mais desabafos do que gostaria de lembrar, por nos encontrar em caixas de fotografias, em que estamos alí, flagrados em alegria, isentos de mágoas e preocupações. Por teoria em teoria, que nos perdemos entre tantas teses construídas.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Estou tentando colocar cada coisa no seu lugar aqui dentro. Mas acontece que eu não sei onde colocar o que... Tem muitos lugares vazios.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Você é tiro à queima roupa
não tem escapatória.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

"Estou preso numa cadeia de lógicas."
Sua pupila me chamou atenção desde o princípio. Tinha ar de quem gostava de ser louco. Como eu. E dentre tantas coisas aviso-lhe: Encontrar alguém com a mesma pupila não vai ser uma tarefa fácil.
Sempre gostei de ficar olhando pela janela.
Lá de cima os problemas parecem pequenos, sabe?
Faz um tempo, eu quis escrever uma canção pra você
pra te guardar nos acordes do meu violão.
É estranho porque quando eu estou com você é como se eu estivesse comigo. Quando brincamos é como se eu brincasse com outra parte de mim. E todos nossos planos parecem estar na minha mente sendo completados pela outra parte dela. Concordo com todos os gostos e todas as sensações são as mesmas. Sinto que você sou eu e vice versa.

O que me deixa meio confusa porque... Como eu vou saber a "linha" que nos divide? Onde acaba eu e começa você?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Esse sentimento caído à calçada, sujo, chulo, abatido, espancado, ainda consegue ser mais forte que o ódio e o desprezo.

Diálogo:
-Se não for amor é o que?
-Autodestruição.
Hoje é motivo de risadas.
Outro dia, a mesma piada não teve graça.
"E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca- levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário... Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo."

Grande Caio F. Abreu.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

E se não for eu pra te convencer de "que pra sempre é mais que um dia e é um dia diferente" ?

domingo, 2 de janeiro de 2011

"Lavar a roupa suja"

Lavou, lavou, lavou.
De tanto lavar desbotou.