domingo, 25 de julho de 2010

10/11/14/20

Passa por entre as pessoas, que por sua vez à estranham. A música em seus ouvidos faz convite ao pensamento.
Não fuma, não trai, não crê. O cheiro doce de chiclete da fábrica atiça seu olfato. Pode ouvir a música vindo de algum karaokê do bar mais próximo. Já não quer nem saber de datas. Números, só os de telefone. E o 31 do interfone.
E chegou a pensar que estas escadas não à levariam a nada. Mas é quando ela chega naquele quarto andar que pensa em se jogar, não sabe se da janela ou nos teus braços.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

(...)
seus olhos misturavam cores de quem passou horas fitando flores
"eu deveria ter imaginado que aquelas flores eram carnívoras"
andou pensando, e dentre tantas coisas
você é melhor apressiado, de olhos fechados.
os humanos são mesmo, melhores sentindo do que pensando.
sentou com os pés na cadeira, abraçou os joelhos, segurou o chá
se perguntou o que se estaria fazendo 'do outrio lado', os sonhos de alguém talvez.
(...)
pegou a foto que estava em sua carteira, olhou, pronto
não precisava de mais nada pra abrir o primeiro sorriso da manhã.
à essa altura
certo e errado
embaralharam-se.
jogar tudo pro alto
aceitar o peso do mundo.
piegas dizer que o amor existe
e não pode esperar
ou pode?
me diz, por que tantas perguntas
diz quantos desastres estão em minha mão
diz também se é perigoso a gente ser feliz
e que as pessoas são mais que seus órgãos.
enfim, o vento pode fazer girar um catavento ou formar um furacão
e se eu estiver fazendo tudo errado mesmo... me interna numa clinica de reabilitação
mas tem coisa que não tem jeito, que não tem volta.