quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Quem faz sentido é soldado.

Nós estávamos tão perto de tudo
Mas nunca chegamos realmente em lugar algum.


Eu falhei.

E o que ocorreu foi que

Quando você me sorriu a primeira vez

Eu estava desarmada.

Pode deixar que a maré vem,
Mas não demora pra baixar.
E leva daqui tudo que não é minha praia.

domingo, 25 de setembro de 2011

Mal sabia que para vulnerá-la, bastava sorrir.

O que separa minha poesia da tua música são apenas 15 longos quilômetros, e ainda assim há algo que me liga a você sem compreensão humana.

sábado, 24 de setembro de 2011

Baunilha. Seu gosto é de baunilha, e isso implica num fato interessante, pois, hora ou outra pego-me sentindo seu cheiro doce em mim, o que é engraçado pois sequer eu estive perto de você. Gosto tanto do seu sotaque que de repente eu já tomei tua voz como melhor melodia, e cada parte do seu corpo que completa o meu. Sussurrando então eu confesso a condição de te ter só pra mim, pra percorrermos juntos nessa highway, eu, você e seu gosto excepcional de baunilha.

Atravessava a rua
sempre com pressa
nunca com motivos
sorriu
não para alguém
nem para o nada
mas para a vida
que por sua vez
presenteou-a com chuva.
Chuva miúda... Garoa, né?
O fato é que nossa coleção de tentativas faliu, eu apaguei as luzes e fui embora só com o troco.

Deixa que essa noite eu fico aqui

Ao som desse silêncio

E ao gosto doce de você

Brick by Brick

Por motivos que desconheço sempre gostei de escrever sobre coisas sem vida. Sobre o que existe, nu e cru. Sobre a rua, a calçada, as poças de água. Nada démodé. Costumo escrever sobre sentimentos camuflando as palavras. Não vou escrever sobre O Amor porque tenho pena dele. Ou vai ver é o amor que sente pena de mim.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Eu acho que poderia pegar sempre o mesmo trem, olhar sempre a mesma paisagem, ser recebida pelos mesmos braços abertos e o mesmo sorriso. Acho também que está tão cedo para estar escrevendo sobre você quanto para dormir. Mas sei que não estou disposta a desperdiçar minutos sequer.
Penso que no fundo eu sei que posso passar horas te ouvindo tocar e cantar, horas e mais horas te olhando encostado naquele mesmo guarda-roupas com um pé no chão e o outro apoiado. Horas.
Ouso dizer que depois de qualquer momento ruim eu me deitaria naquela mesma cama, onde, segundo 'reza a lenda, dá para ver o céu e toda aquela história de estrelas para contar'.
E com dor no coração eu pediria para você ver as horas e diria que preciso ir. Veria aquele mesmo olhar, aquela mesma expressão, o mesmo pedido para ficar.
Então eu seguraria a mesma mão e sentiria aquele mesmo abraço, me emocionaria com aquele mesma cena da mesma pessoa me puxando de volta para mais um abraço. Outro beijo.
Acho que você não gosta quando eu preciso ir. Acho que eu gosto menos ainda.
Enfim, eu penso que posso acordar e dormir com uma coisa só na cabeça.