domingo, 10 de outubro de 2010

Estamos cada vez mais distantes e eu só quero dizer que nunca quis te machucar. Aliás, sinto que te protegi tanto que não te deixei temer. Agora nem a chuva na janela vai nos trazer de volta aqueles dias em que tudo estava tão bem. Descobri vozes que acalmam e hoje você não assombra cada parte desta casa, não mais. Eu sei que vai me ver passar indiferente, e que vai crescer, como eu cresci, que vai me ligar de madrugada, dizendo que precisava ouvir minha voz. Só não espere de mim, o que eu esperei de você o tempo todo.

A chuva está aqui, o banco da praça também, e você... Bom, de você eu nem sei mais.

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