quarta-feira, 18 de maio de 2011

“Estou de volta ao meu inferno pessoal (...) onde tudo teve fim, ao ponto zero onde começo sem você e você sem mim.”

Um ano se passou, mas é como se fosse ontem. Em primeiro lugar, aprendi a frio, à custa de muita lágrima e insonia. Interpretei papeis, precisei de outras pessoas, outros lugares e bebidas mais fortes. Só pra não descer toda aquela angústia a seco. Só podia voltar a ser eu quando deitava entre as minhas trincheiras de travesseiro e cobertor. Mas nunca sem o celular do lado, na esperança de ouvi-lo tocar. Com a voz doce dizendo que está tudo bem, doce e afiada, como uma faca, pronta pra atacar mais uma vez. Depois de um tempo cansei de esperar, quebrei o celular. Meus olhos mais mel do que verdes nessa estação do ano, procuravam pontos calmos para fitar e descansar e sempre acabavam no encontro sem fim dos teus olhos castanhos. E lá estávamos nós, deixando de ser um para serem dois conjuntos de carne e ossos. Um abraço. Sei lá eu quantas lágrimas. E aquele olhar filho duma puta anunciando um fim. Um ano. Aqueles dias agora estão distantes como eu estou distante da fraqueza agora.

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