segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Eu acho que poderia pegar sempre o mesmo trem, olhar sempre a mesma paisagem, ser recebida pelos mesmos braços abertos e o mesmo sorriso. Acho também que está tão cedo para estar escrevendo sobre você quanto para dormir. Mas sei que não estou disposta a desperdiçar minutos sequer.
Penso que no fundo eu sei que posso passar horas te ouvindo tocar e cantar, horas e mais horas te olhando encostado naquele mesmo guarda-roupas com um pé no chão e o outro apoiado. Horas.
Ouso dizer que depois de qualquer momento ruim eu me deitaria naquela mesma cama, onde, segundo 'reza a lenda, dá para ver o céu e toda aquela história de estrelas para contar'.
E com dor no coração eu pediria para você ver as horas e diria que preciso ir. Veria aquele mesmo olhar, aquela mesma expressão, o mesmo pedido para ficar.
Então eu seguraria a mesma mão e sentiria aquele mesmo abraço, me emocionaria com aquele mesma cena da mesma pessoa me puxando de volta para mais um abraço. Outro beijo.
Acho que você não gosta quando eu preciso ir. Acho que eu gosto menos ainda.
Enfim, eu penso que posso acordar e dormir com uma coisa só na cabeça.

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