terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Só mais um texto ruim, vomitado.

Pés esticados para alcançar a guia evitando se afogar na poça d’água imunda no espaço entre o ônibus e a calçada. Anda e se perde entre as várias opções de faróis ali no centro. Perdoa-se, disseram-lhe que até o vento às vezes erra a direção. Passa em frente aos bares que você costuma ficar e observa suas migalhas jogadas no chão, mais um gole de conhaque. Tua esmola que não vale a moeda que é. Tua esmola é centavo largado no balcão que alguém coroou rei. Praça. Banco. Crianças nos brinquedos de madeira descascada. Alternando as pernas chega o troglodita mais idiota que conhece carregando o sorriso mais doce que já se viu por essas ruas. Os olhos molhados, vívidos, ávidos, lhe acham, lhe engolem. As mãos fortes, grandes, se aproximam e arrepiam todos os pelos do corpo. Aqueles tênis brancos sujos de barro e você no lado oposto sempre um degrau abaixo nivelando a altura. Gostaria de saber o que carrega ai dentro. Quando ficar muito pesado coloque-o em minhas costas.


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