quinta-feira, 21 de junho de 2012


Estanquei quando o conheci
Elegi-o meu tesouro intocável
O grande enredo é que
Sem ele, sou como paraplégico disfuncional.

Foi ele que me mostrou que o amor
também habita, e sobretudo habita,
nas coisas mais simples...

Nos dias que nos detalhávamos nossos segredos
Nas noites em que caminhávamos como
dois bandidos
como vagabundos
vira-latas de rua no meio fio
duque e duquesa
embriagados de vinho (barato)

Na noite geradora de tantas lembranças
Tantos crimes acobertados
onde tínhamos um estoque de risos
e contos e lamentações
sobretudo os nossos planos.
Os dias em que éramos cúmplices
de desgraça
de luxúria
de vida afinal.

Naquelas noites em que tudo resumia
em silencio e no silencio
encontrávamos uma
estranha forma de sermos felizes

E como já foi dito
merecemos cremar no inferno
por nossa sinceridade
pelo crime de não haver nesse mundo
intimidade (que se compare)

Apenas nós
dançarinos embriagados
de Dean Martin 
sei que um dia abandonaremos na calçada
as ultimas lembranças, dos ultimos bares
e sucos líbicos recurgitados
Mas o nosso amor
esse jamais acabará.

Dance with me, make me sway...

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